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Terceirização do Hospital Regional foi concretizada; e agora, José?

Com a anuência, por omissão, da Câmara Municipal, a administração do Hospital Regional de Eunápolis, foi terceirizada.
E agora, José?
Vamos ver repetidos os erros do passado, quando se sabe que a terceirização de serviços públicos na área da saúde é tema de discussão em todo o país por, notadamente, promover a precarização das condições do trabalho e a redução na qualidade do atendimento.
É fato recorrente que trabalhadores do setor, contratados por empresas terceirizadas frequentemente são submetidos a baixos salários, atrasos nos pagamentos e violação dos seus direitos trabalhistas. Além disso, empresas terceirizadas priorizam o lucro, comprometendo o atendimento digno à população.
Já era esperado
A terceirização do Hospital Regional de Eunápolis, já era esperada e foi alvo de vários “alertas” por parte de setores da oposição, inclusive do ex-prefeito e candidato nas últimas eleições, Neto Gierrieri, que apresentou documentos, segundo ele, comprobatórios dessa intenção, e fez circular um vídeo que, curiosamente, não está mais disponível, desde que o prefeito José Robério Oliveira (PSD) declarou Situação de Emergência no Hospital Regional, no dia 24/12, véspera de Natal.
A divulgação da notícia levou o cidadão eunapolitano e, certamente, o eleitor do prefeito recém empossado, a “botar as barbas de molho”, porque o município já vinha de uma experiência ruim com a ex-prefeita Cordélia Torres que, na sua gestão firmara um contrato com a Associação de Proteção e Amparo à Saúde (APAS) para cuidar da gestão daquela unidade hospitalar, por meio de um termo de cooperação. A experiência se revelou desastrosa, durando menos de 6 meses, marcada por atrasos salariais, falta de insumos básicos e atendimento indigno, entre outras queixas dos usuários Sus.
Mais do mesmo
Mas a pior notícia para o cidadão de Eunápolis é que a empresa IGH, que administra o Hospital Luiz Eduardo Magalhães em Porto Seguro, ganhadora da Licitação para administrar o Hospital Regional, teve sua gestão em Porto Seguro marcada por constantes greves de funcionários, atrasos salariais e outros problemas que vão desde as precárias condições de trabalho à falta de insumos básicos. Além disso, considerando-se os custos administrativos das terceirizações, que frequentemente superam os da gestão direta, não há razao lógica para a prática.
A decisão de José Robério Oliveira é, sem dúvida, um retrocesso para a saúde pública de Eunápolis.
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